Conselho de Veterinária autua lojas que comercializam animais no Mercado Central

Conselho de Veterinária autua lojas que comercializam animais no Mercado Central

Dez lojas do Mercado Central foram autuadas nesta quarta-feira pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Minas Gerais (CRMV-MG) por descumprirem as normas de bem-estar animal e não possuírem um médico-veterinário como responsável técnico no local. O trabalho, conduzido por 11 profissionais, fiscalizou 14 lojas. Os comércios possuem um prazo de 30 dias para se adequarem às normas, sob pena de multa, que varia de R$ 3 a R$ 24 mil.

“Fizemos orientações de práticas de bem-estar e de manejo aos animais. Nossa ação possibilitou que eles compreendessem sobre a locação de aves, cães e mamíferos em gaiolas, possibilitando abrigos adequados. Comprovamos Os comerciantes foram muito solícitos, o que contribuiu com o sucesso de nossa ação fiscalizatória”, avalia a médica-veterinária e chefe do setor de Fiscalização do CRMV-MG, Dra. Rafaela Luns.

O Conselho ainda ressaltou que, “apesar do comércio existir no mercado, ele fere a Lei Municipal n° 7852, que proíbe a entrada de animais em ambientes de vendas de alimentos.” O CRMV reforça que, apesar de tal lei proibir o comércio de animais nestes estabelecimentos, em 2018, uma liminar do Tribunal de Justiça de Minas Gerais decidiu pela manutenção do comércio de animais no Mercado Central.

A comercialização de animais é normatizada pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária, através da Resolução n° 1069, publicada em 2014. A legislação dispõe sobre Diretrizes Gerais de Responsabilidade Técnica em estabelecimentos comerciais de exposição, manutenção, higiene estética e venda ou doação de animais. Nestes estabelecimentos, o responsável técnico deve assegurar que as instalações e locais de manutenção dos animais garantam conforto, segurança, higiene e ambiente saudável, permitindo fácil acesso à água, e a higienização. Os médicos-veterinários também são incumbidos de promover aspectos sanitários, como a prevenção das zoonoses. Eles também devem assegurar que os animais comercializados sejam vacinados e vermifugados.

Por telefone, a administração do Mercado Central disse que não vai se posicionar diante das multas por recomendação do jurídico da organização.

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