23 nov Esporotricose! Conheça esta importante doença.
Esporotricose é uma micose subcutânea de evolução subaguda a crônica, causada pelo fungo de nome Sporothrix schenckii. A transmissão zoonótica (transmissível ao ser humano) vem recebendo destaque, tendo os felinos domésticos um importante papel epidemiológico na doença.
Trata-se de um fungo patogênico complexo que está presente no solo em associação com restos vegetais e em regiões de clima temperado e tropical úmido. Fica em temperaturas ambientes de 25-30°C e, como levedura, se desenvolve em temperatura corpórea de 37°C.
A esporotricose pode acometer diversas espécies de animais e já foi descrita em equinos, cães, felinos, bovinos, suínos, camelos, primatas e no homem. A transmissão da doença é resultante da inoculação direta do fungo por meio de arranhadura e/ou mordedura de animais afetados ou por pequenos traumas durante atividades de lazer ou ocupacionais que tenham relação com floricultura, horticultura e jardinagem.
Os gatos possuem um importante papel epidemiológico na transmissão e propagação da doença, principalmente os não castrados e de livre acesso à rua, uma vez que as lesões cutâneas nestes animais contêm uma grande quantidade de células fúngicas infectantes que os distinguem de outras espécies e os caracterizam como notável fonte de infecção.
Nos felinos as lesões mais comuns são observadas na pele, podendo se manifestar com um nódulo avermelhado ou com secreções que lembram feridas causadas por brigas, sendo mais comum encontrá-las na face, no plano nasal, na base da cauda e nas pernas (Forma Cutânea). Quando os nódulos cutâneos progridem para úlceras com secreção na pele pode ocorrer comprometimento do sistema linfático , disseminando a infecção pelo organismo , generalizando as lesões e provocando apatia, febre, perda de apetite e dificuldade respiratória (Forma Disseminada).
As formas de controle e prevenção da esporotricose devem ser baseadas na adoção de medidas higiênico-sanitárias visando reduzir os riscos de transmissão do fungo para outros animais e até mesmo os humanos. Assim, os animais doentes devem ser mantidos em isolamento e tratamento até a total cura clínica. Além disso, deve-se evitar o acesso de animais sadios e doentes a ambientes externos, evitando assim o contato com outros animais e com o ambiente que poderá estar contaminado com o fungo. Veterinários e pessoas que manuseiam gatos infectados estão sujeitos a contrair a infecção, portanto, recomenda-se o uso de luvas descartáveis ao manusear gatos com qualquer tipo de nódulo ou úlcera na pele, que caso seja visto deve ser imediatamente comunicado ao médico veterinário.
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