
28 dez Fogos de Artifício: Como “proteger” seu animal?
A queima de fogos na virada de ano é tradição em muitas cidades do país. Mas o que é motivo de alegria e deslumbramento entre as pessoas, acaba sendo um momento de desespero para os animais.
A sensibilidade auditiva dos animais é bastante apurada, e por isto os fogos de artifício tornam-se um motivo de grande estresse para cães e gatos, especialmente quando usados em grandes proporções , como acontece no Réveillon.
Felinos geralmente reagem aos fogos procurando um abrigo seguro , não ficando com os humanos e demonstrando menor sofrimento. Já os cães procuram ficar com seu grupo familiar e notamos mais seu desconforto.
Muitos ficam apavorados podendo fugir através de portas ou até mesmo de janelas de apartamentos. Outros na ânsia de se livrar do intenso barulho terminam enforcados em suas próprias correntes ou coleiras ou se ferindo a procura de abrigo. A agitação por conta do barulho eleva a temperatura do animal e pode causar vômito e diarreia. Em caso de animais com patologias pré existentes , os fogos de artifício podem exacerbar sintomas como crises epilépticas ou alterações cardíacas. Não é difícil que um animal mude completamente seu comportamento após passar pela tortura de não ter como se livrar da intensa queima de fogos , podendo permanecer assim por vários dias.
Para amenizar o desconforto dos animais e evitar problemas mais graves , algumas ações podem ser adotadas pelo tutor:
– Identifica-los utilizando coleiras com o nome e telefone do tutor, para que no caso de fuga sejam identificados e devolvidos.
– Caso seja possível deve-se evitar deixa-los sozinhos , mas independente da situação no momento do foguetório , o local deve ser preparado para uma menor entrada de ruídos externos e na prevenção de fugas , mantendo persianas , cortinas , janelas e portas fechadas. Retire objetos de decoração que possam machucar o animal e não o prenda com coleiras ou guias;
– Utilizar som ambiente como música ou TV ligada em uma intensidade que possa competir com o som externo.
– Agir naturalmente durante a queima de fogos para não reforçar a sensação de que algo estranho está acontecendo. Evitar o excesso de proteção como colo ou abraço para que percebam que o grupo está em segurança e não em uma situação ameaçadora.
– O uso de protetores auriculares abafa o som dos fogos , sendo tranquilamente recomendável o algodão. Atenção para que sejam retirados após o término dos barulhos.
– Atualmente tem sido indicada uma técnica de amarração em tecido ou colete específico, que faz com que o animal se sinta abraçado. Consiste em pressionar alguns pontos estratégicos do corpo e faz com que a circulação sanguínea seja estimulada fazendo com que se acalme e não fique tenso no momento dos fogos. No caso da faixa, a mesma deve ser levemente elástica , passar pelo peito , cruzar e amarrar nas costas(Figuras 1 e 2).
– Em situações extremas a prescrição veterinária de medicamentos é muito útil. Pode haver a utilização de tranquilizantes ou sedativos , entretanto apenas mediante avaliação criteriosa. Também sob orientação médica , o uso de feromônios de apaziguamento no ambiente e medicações fitoterápica e homeopáticas podem trazer enorme benefício.
Algumas cidades estão conseguindo avançar em projetos de lei que regulam a comercialização e queima de fogos de artifício, o que pode minimizar os danos físicos e ambientais e criar mecanismos mais seguros de celebração social.

Figura 1

Figura 2
Hildete Machado Shibata
Posted at 20:37h, 02 janeiroSensacionais instruções, pois assim evitaremos desconfortos para os nossos filhos de quatro patas ou outros que tem audição sensível aos intensos barulhos