16 maio SC tem 1º caso de morte por raiva humana em 38 anos
Santa Catarina teve o primeiro caso confirmado de morte por raiva humana desde 1981, afirmou a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive-SC) nesta segunda-feira (6). A paciente é uma mulher de 58 anos moradora da área rural de Gravatal, no Sul do estado, e morreu no sábado (4).
A raiva é uma doença que atinge mamíferos como cães, gatos, bois, cavalos, macacos e morcegos, além de pessoas. Ela é transmitida aos humanos pela saliva de animais infectados, conforme a Dive-SC.
A mulher que morreu com a doença foi mordida por um gato em 24 de fevereiro. Ela começou a sentir os sintomas em 15 de março, segundo a Dive-SC.
A doença não tem cura esclarecida. Conforme a Dive-SC, três pessoas no mundo já se curaram, mas não se sabe a razão. Mesmo quando conseguem se libertar do vírus causador da doença, os pacientes ficam com sequelas.
Técnicos da diretoria estiveram nesta segunda em Tubarão, no Sul do estado, para desenvolver o protocolo do Ministério da Saúde. As ações devem começar a ser feitas na quinta (9) e envolvem a vacinação casa a casa de cães e gatos em um raio de cinco quilômetros a partir do imóvel da paciente, a busca por animais doentes e a orientação da população.
Orientações
A Dive-SC afirma que, caso a pessoa seja mordida por um animal, deve procurar uma unidade de saúde. No local, os médicos vão analisar o que é melhor para o paciente, se tomar uma vacina ou soro antirrábico.
A vacinação de todos os cães e gatos é a forma mais eficaz de proteção contra a doença. A médica veterinária da Dive-SC, Alexandra Schlickmann Pereira, diz que a população deve ficar atenta ao comportamento dos animais de estimação.
Alterações como inquietação, aumento da agressividade, paralisias dos membros e medo da luz devem ser observadas e comunicadas à Secretaria Municipal da Saúde.
Raiva
Segundo a Dive-SC, o vírus ataca o sistema nervoso central e leva à morte após pouco tempo de evolução.
Em Santa Catarina, o último caso de raiva em cães e gatos foi registrado em Jaborá, no Oeste, em 2016, com o caso de um cachorro, de acordo com a Dive-SC. Em 2006, Xanxerê, na mesma região, teve um cão e um gato com a doença e Itajaí teve o caso de um cachorro no mesmo ano.
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